alergia primavera rinite conjuntivite guarapuava paraná
18/09/2020 Por ictus Off

ALERGIAS DE PRIMAVERA: O que fazer?

Os pólenes estão aí. O problema da primavera para quem tem alergias é ser o pico da polinização na maioria das plantas mais alergênicas.

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As alergias de primavera são, na realidade, reações alérgicas mais gerais, ou melhor, são erros de leitura do sistema imunológico.

O nosso sistema imunológico assume como inimigas substâncias consideradas banais no quotidiano e faz soar o alarme do organismo, que as repudia. Pode afetar nariz e garganta e aí os sintomas mais comuns são a irritação, nariz escorrendo e muitos espirros. É a chamada rinite alérgica. Pode afetar os olhos, com coceira e inflamação (conjuntivite alérgica). Pode ser também causa de asma, quando se manifesta com chio e dor no peito e dificuldade em respirar. Os sintomas de uma alergia se distinguem do resfriado porque, se não forem controlados, vão manter-se por toda a época de polinização. Os sintomas de uma crise alérgica aumentam quando há maior exposição ao alergeno.

Sem um tratamento correto, o sistema imunológico torna-se ainda mais sensível, acabando por reagir com muita frequência à mínima presença de substância que considere agressora, em qualquer época do ano. Não é raro, um doente inicialmente alérgico aos pólenes, por exemplo, com queixas mais intensas na primavera, se vá sensibilizando a outros alergenos passando a ter queixas mais intensas também em outros períodos.

Algumas alergias podem mesmo serem sazonais, mas regressam ano após ano, por vezes intensificando-se e conduzindo a quadros crônicos.

As mudanças de temperatura podem também desencadear queixas associadas a doenças alérgicas, como a rinite e a asma. Não porque os doentes sejam alérgicos às mudanças de temperatura, mas porque essas alterações, sobretudo para o frio, funcionam como estímulos irritativos, causando tosse, crises de espirros, obstrução nasal, entre outros sintomas.

Não valorizar a doença alérgica é um dos principais erros cometidos pelos próprios doentes. Habituam-se aos constrangimentos que os sintomas provocam, aprendem a lidar com eles e a minimizar o seu impacto e nem sempre estão devidamente informados sobre a evolução negativa que este tipo de doença pode sofrer. Acima de tudo, nem sempre estão a par das interferências que a doença acaba por ter na qualidade de vida.

A evolução dos testes cutâneos e de outros meios diagnósticos tem permitido quantificar de forma precisa e eficaz a intensidade de cada sensibilização. Esta quantificação auxilia na prescrição das vacinas para a alergia. O desenvolvimento de novas vacinas tem permitido encontrar esquemas mais confortáveis para o paciente, mais eficazes e seguras, sempre com o objetivo de controlar a evolução da doença e minimizar as queixas do doente e a sua dependência de medicamentos.

As crianças com história familiar de doença alérgica apresentam maior propensão para sofrer alergias. Nesses casos, evitar a exposição da criança (e de sua mãe ainda grávida) a ácaros do pó da casa e a tabaco é totalmente aconselhável, assim como promover o seu aleitamento materno nos primeiros seis meses de vida. A introdução de alimentos mais alergênicos, como o peixe, os frutos secos e os amendoins na alimentação das crianças mais propensas à alergia deve ser retardada.

A frequência de casos de doenças alérgicas tem aumentado nos países desenvolvidos, sobretudo nos meios urbanos. Acredita-se que tal fenômeno não será indiferente ao aumento da poluição atmosférica, à crescente utilização de antibióticos e à diminuição do contato dos seres humanos com a terra e com o ambiente rural, provocando alterações na flora intestinal e no sistema imunológico.

 

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